A Cidade

SOBRE A FUNDAÇAO

Foi no final do século passado que se iniciou, propriamente, o desbravamento das terras que compõem o município de Resplendor.
Os silvícolas Aimorés, diferentemente de outros que em outras regiões foram de forma relativamente fácil ou civilizados ou exterminados na zona da serra que mais tarde guardou-lhes o nome, tiveram papel sobremodo decisivo para o retardamento da civilização local.
Durante muito tempo resistiram, ao assédio dos brancos, oferecendo-lhe resistência heróica contra suas pretensões de domínio e conquistas.

Guido Marliére, cidadão francês, que por D. João VI foi nomeado Inspetor das Divisões Militares do Rio Doce, teve papel relevante quanto à civilização finalmente obtida.

Tanto Resplendor como as localidades vizinhas muito lhe devem pelo seu trabalho heróico, ponderado e útil à região. O coronel Manoel Gonçalves de Morais Carvalho, mais ou menos em 1880, obteve sesmaria às margens do córrego do Pião e juntamente com Emílio Bróstel, que se localizou na cabeceira do Santaninha, Joaquim Gonçalves Meira, Clementino Brum, Joaquim Agostinho Barbosa e seu sobrinho Joaquim Elias Barbosa, homens experimentados e dinâmicos, foram os primeiros que se instalaram com fazendas e negócios, na região.

Mais tarde, a Estrada de Ferro Vitória-Minas veio como fator decisivo para o desenvolvimento econômico da região, já que seus trilhos cortaram as terras locais e, sobretudo, determinaram a localização de uma estação em um lugar que os engenheiros da estrada denominaram Resplendor, em face de existir perto do local uma pedra que, exposta ao sol, refletia luz em profusão, Foi em torno dessa estação que o cidade começou a desenvolver-se.
O povoado passou a distrito pela Lei nº 556, de 30 de agosto de 1911, fazendo parte do município de Caratinga, sendo que posteriormente integrou-se ao de Aimorés. Pelo Decreto-lei nº 148, de 17 de dezembro de 1938, foi considerado município, continuando como termo da comarca de Aimorés, sendo instalado em 01/01/1939.